Livros para se preparar ao Enem e vestibulares

Estes livros constituem, dentre outros, leitura obrigatória aos que desejam participar de provas do Enem e vestibulares:
1- Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis;
2- Terras sem Fim – Jorge Amado;
3- Til – José de Alencar;
4- A Cidade e as Serras – Eça de Queirós;
5- Vidas Secas – Graciliano Ramos;
6- Sentimento do Mundo – Carlos Drummond de Andrade.
7- O Cortiço – Aluísio Azevedo;
8- Iracema – José de Alencar;
9- Eu e outras poesias – Augusto dos Anjos;
10- Recordações do Escrivão Isaías Caminha – Lima Barreto;
11- Esaú e Jacó – Machado de Assis;
12- Os Órfãos do Eldorado – Milton Hatoum;
13- Laços de família – Clarice Lispector;
14- O amor de Pedro por João – Tabajara Ruas;
15- Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida;
16- Boca de Ouro – Nelson Rodrigues;
17- Capitães da Areia – Jorge Amado;
18- Dançar tango em Porto Alegre – Sergio Faraco;
19- A noite das mulheres cantoras – Lídia Jorge;
20- Viagens na Minha Terra – Almeida Garrett.
21- Bagagem – de Adélia Prado;
22- Menino do Mato – Manoel de Barros;
23- Toda Poesia – Paulo Leminski;
24- A traição das elegantes – Rubem Braga;
25- Dois perdidos numa noite suja – Plínio Marcos;
26- A Última Quimera – Ana Miranda Claro;
27- A carta de Pero Vaz de Caminha – Sílvio Castro;
28- O Uruguai – Basílio da Gama;
29- Noite na taverna – Manuel Antônio Álvares de Azevedo;
30- O aprendiz de feiticeiro – Mário Quintana.

Livros cobrados no Enem e Vestibulares

  • “Memórias póstumas de Brás Cubas” ‐ Machado de Assis – questões
  • “A cidade e as serras” ‐ Eça de Queirós – questões
  • “Vidas secas” ‐ Graciliano Ramos  – questões 
  • “Minha vida de menina” ‐ Helena Morley – questões
  • Claro Enigma - Carlos Drummond de Andrade - questões
  • “Sagarana” ‐ João Guimarães Rosa – questões 

Iracema -  de José de Alencar

Memórias Póstumas de Brás Cubas - de Machado de Assis

Sagarana - de João Guimarães Rosa

São Bernardo - de Graciliano Ramos

Vidas Secas" - de Graciliano Ramos

"São Bernardo" - de Graciliano Ramos - Questões de Literatura e Português

Aqui você encontrará questões sobre o romance "São Bernardo", abordando aspectos literários e gramaticais.

QUESTÕES 01 a 03 - (UEPB - CPCON)

Leia este trecho da obra:

Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.
Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais.
Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa.
[...]
O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do nosso primeiro encontro, o redator do Cruzeiro apresentou-me dois capítulos datilografados, tão cheios de besteiras que me zanguei:
– Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota.
Há lá ninguém que fale dessa forma!
Azevedo Gondim apagou o sorriso, engoliu em seco, apanhou os cacos da sua pequena vaidade e replicou amuado que um artista não pode escrever como fala.
Não pode? Perguntei com assombro. E por quê?
Azevedo Gondim respondeu que não pode porque não pode.
– Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.

(RAMOS, Graciliano. São Bernardo. 80. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004, p. 9)

QUESTÃO 01

O fragmento acima foi retirado do capítulo 1 de “São Bernardo”, romance de Graciliano Ramos. De acordo com o fragmento, podemos concluir que
a) a partir da fala do narrador, percebe-se uma visão de mundo não mercadológica, no que se refere à construção da obra literária.
b) não obstante sua proposta pecuniária, e a contribuição coletiva dada à elaboração do livro, a obra foi um sucesso.
c) o narrador defende um modelo de linguagem que eleve a obra literária à condição de arte, já que a mesma deve ser construída de forma a agradar o público.
d) a personagem Azevedo Gondim expressa a mesma visão do narrador, no que se refere à linguagem que deve ser empregada na construção da obra literária, quando afirma “A literatura é a literatura”.
e) ao afirmar que a construção do livro seria feita pela divisão do trabalho, o narrador mostra sua proposta capitalista ao dividir as tarefas, atribuindo, espertamente a autoria da obra para si.

QUESTÃO 02
Na narrativa de São Bernardo (Texto 11), ficam evidentes duas visões diferentes acerca da composição de uma obra literária. Na concepção
defendida por Azevedo Gondim, o escritor deve se preocupar em compor um texto
a) em linguagem culta, dentro dos padrões gramaticais, já que o mesmo deve se tornar incompreensível para os leitores, por compor um
texto especial.
b) predominantemente coloquial, uma vez que a literatura deve apresentar uma linguagem acessível ao público.
c) bem elaborado e solene, como deve ser uma obra literária.
d) de caráter regionalista, como estratégia artística de expressão das marcas orais dos falantes.
e) de linguagem técnica, por fazer parte de um grupo de falantes específicos, de cunho profissionalizante.

QUESTÃO 03
De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa “Aurélio” – em sua 9ª edição, “sujeito” significa “...Termo da oração a respeito do
qual se anuncia alguma coisa e com o qual o verbo concorda”.
Baseando-se nessa afirmação e em seus conhecimentos sobre os variados tipos de sujeito, indique, dentre os enunciados abaixo, retirados
do texto de São Bernardo (Texto 11), apenas aquele que apresenta um caso de oração sem sujeito:
a) “um artista não pode escrever como fala.”
b) “O resultado foi um desastre”
c) “Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.”
d) “Há lá ninguém que fale dessa forma!”
e) “...apresentou-me dois capítulos datilografados...”

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Gabarito:

01 - e
02 - c
03 - d





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Língua Portuguesa e Literatura

QUESTÃO 01 - (UEPB-CPCON)

Leia o seguinte poema de Cecília Meireles:

Retrato
(Cecília Meireles)

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?

(Disponível em: >https://www.pensador.com/frase/MjUwODA/<. Data da consulta: 01/09/2017)

Com relação aos termos CALMO, TRISTE E MAGRO, no segundo verso do poema , é CORRETO afirmar que
a) apontam, respectivamente, qualidades referentes aos termos “olhos”, “rosto” e “lábios”.
b) fazem referência a um mesmo elemento morfológico presente na oração, sendo caracterizados como adjetivos.
c) muito embora sejam atributos de um mesmo referente, apresentam classificação morfológica distinta.
d) por se caracterizarem como advérbios, intensificam a ideia expressa pelo referente “rosto”.
e) qualificam referentes distintos, assumindo, no entanto, a mesma classe morfológica



QUESTÃO 02 - (UEPB-CPCON)

As estrofes a seguir pertencem à parte inicial do poema “Cante lá, que eu canto cá”, do poeta cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (1909-2002).

Cante lá, que eu canto cá

Poeta, cantô de rua,
Que na cidade nasceu,
Cante a cidade que é sua,
Que eu canto o sertão que é meu.
Se aí você teve estudo,
Aqui, Deus me ensinou tudo,
Sem de livro precisá
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mexo aí,
Cante lá, que eu canto cá.
Você teve inducação,
Aprendeu munta ciença,
Mas das coisa do sertão
Não tem boa esperiença.
Nunca fez uma paioça,
Nunca trabaiou na roça,
Não pode conhecê bem,
Pois nesta penosa vida,
Só quem provou da comida
Sabe o gosto que ela tem.
[...]

(Disponível em: >https://www.letras.mus.br/patativa-do-assare/1072883/<. Data da consulta: 01/09/2017)

Com relação aos recursos de linguagem utilizados no poema, podemos afirmar que
a) definida como uma norma linguística baseada em vocábulos especialmente criados por um determinado grupo social, a gíria costuma designar uma espécie de jargão específico de jovens que, no caso do poema, representa o “canto de cá”, a que faz referência o eu-lírico.
b) o poema põe em destaque dois tipos de poetas, que habitam espaços geográficos diferentes, valorizando, no entanto, a variante linguística social característica do espaço urbano
c) no texto, predomina a valorização da linguagem coloquial urbana, ou seja, aquela usada de modo informal, desrespeitando o padrão
culto da língua, este considerado como o único aceitável dentro do recurso estilístico utilizado na linguagem poética.
d) a palavra paioça, presente no poema, é uma variante que apresenta a mesma quantidade de letras e de fonemas de sua equivalente na norma culta.
e) o registro dos vocábulos presentes nos versos apontam para a variedade linguística de grupos que habitam determinada região brasileira.



QUESTÕES 03 A 05 - (UEPB-CPCON)

Leia o texto de Cecília Meireles:

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz. Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê- las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

(CECÍLIA MEIRELES. Boa companhia - Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. (Fragmento))

QUESTÃO 03
Quanto ao aspecto morfológico, os vocábulos em destaque, no texto, classificam-se, respectivamente, como
a) pronome, adjetivo e conjunção.
b) adjetivo, conjunção e pronome.
c) pronome, conjunção e adjetivo.
d) adjetivo, pronome e conjunção.
e) adjetivo, pronome e preposição.

QUESTÃO 04
Assinale o item em que as palavras abaixo indicadas, todas retiradas do texto, apresentam dígrafos:
a) diante – brilhariam – canal.
b) pessoas – minha – flores.
c) completamente – mais – chalé.
d) jarra – oscilava – maravilhosa.
e) janela – barco – nesse.

QUESTÃO 05
Sobre a palavra comprava, que aparece no texto, podemos afirmar que
a) tem o mesmo número de letras e fonemas.
b) apresenta dois dígrafos.

c) apresenta encontro consonantal.
d) é uma palavra proparoxítona.
e) está conjugada no presente do indicativo.



Gabarito:

01 - b
02 - e
03 - d
04 - d
05 - c